quinta-feira, setembro 29, 2011

poesia após a morte

quem sempre te salvou foi a poesia
nas horas mais doces ou em que a
dor no mais profundo vinha e doía
era lá que as palavras ganhavam
função de aliviar fortes sinapses
acalantar a ferida como merthiolate
ardendo no início, sarando no fim

te pegando pela mão e te levando
a passeio na praia de jacumã igual
quando você cantava pra esquecer
fazia alto tão alto que alegrava a si
ela borra seu batom com lágrima
regenera a pele crequenta de sofrer
foi e será a poesia sua redenção:
senta então pensa e termina a oração

Um comentário:

marcos assis disse...

isso é verdade. diz o nicolas behr "poesia só serve para reparar danos psíquicos", e doeu mas não teve como não concordar. deve ser por isso que tem mais gente que escreve que gente que lê.
no mais, seus poemas têm ficado cada vez melhores.