domingo, janeiro 02, 2011

sua rua

a voz rouca
atravessa as paredes
e as ruas da Barra Avenida
clamam seu nome
como cantam as melodias
do domingo à noite

distraí aquela rua
entorpeci alguns cantores
e chorei quase na mesa do bar
sentei de novo
no muro que nos dividiu
no mar que nos dividiu
o dia me iludiu

o tom me tocou
diferente de como
toquei você
eu não toquei você
mas mesmo assim
morrestes em mim
e de novo a rua
me enfeitiçou

me tomou como mulher
cantou a última canção
trouxe versos e vigas
encantou as luas da Barra
enfeitou as barracas do sol
fez dançar os casais bêbados

e nuca mais seremos os mesmos sós

Um comentário:

Afrodite disse...

Adorei o poema!
Forte...
Beijo!