sexta-feira, setembro 21, 2007

.eu, eu mesma.

Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.*


Dormia como uma pedra,
Havia semanas não sabia o significado
de um sonho, (ainda não sabe, mas por outro motivo)
e naquele dia pareceu flutuar na dura cama do
quarto azul...

E no meio da noite, viu superheróis correrem
em direção a um bar, sentiu medo, riu também.
Correu de algo, em direção a nada e ofegante
bebeu um gole de alguma bebida boa...
E o impressionante aconteceu:
Se viu, ela mesma vir caminhando de mãos dadas
a um homem encantador, não sentia nada
mas via o seu próprio sorriso estampado
na sua cara que não estava no seu corpo naquele instante.

eu, eu mesma e alguém!

* Trecho do poema Adormecida, de Castro Alves

Um comentário:

Anônimo disse...

E Irene?¬¬

Muito bom. Mas acho que vc adormeceu pela bebida boa...Já passei por isso.
rsrs